A IGREJA, A POLÍTICA E O CRISTÃO

Estamos em mais um ano político, e não dá para ser apolítico...
Já se ouve o discurso dos candidatos às eleições municipais em todos os lugares; e afinal, eles estão certos. Se quiserem conquistar o voto do eleitor, precisam mesmo fazer campanha, e bem feita! Mas quero fazer uma análise pessoal do comportamento da igreja com relação a política, e do comportamento do cristão com relação a igreja e a política. A prática política acha-se presente em todos os setores da sociedade, inclusive dentro de nossa própria casa no convívio diário com a família, mas isto não significa absolutamente que a igreja deve envolver-se diretamente com ela.
Tenho visto em muitos lugares, líderes que manipulam os votos dos liderados e misturam-se com o burburinhos desses tempos de palanque eleitoral.
Migram do sagrado ao secular e, não poucas vezes, profano. Fazem dos seus púlpitos verdadeiros e repugnantes palanques eleitorais. Não bastasse o apoio declarado publicamente a determinados candidatos (o que já está de bom tamanho), ainda querem conduzir os votos dos seus fiéis, como se votos fossem vendáveis, compráveis, negociáveis ou obrigatórios do ponto de vista da preferência individual.

O prezado amigo leitor, cristão, membro de um igreja, seja ela qual for; deve saber que o seu voto é de domínio pessoal, e que portanto, deve votar conscientemente de acordo com sua escolha criteriosa. Analise cada candidato, veja quem é de fato honesto e pratica a verdade; quem não faz promessas mirabolantes e utópicas visando ludibriar os incautos apenas com o interesse do poder isolado e cheio de segundas intenções, interesses materiais e vaidades insanas. Você é servo de Deus, e a maior característica de um servo de Deus é SER LIVRE, portante você é livre e não deve viver manipulado por quem quer que seja.

Concordo que o cristão deve procurar votar em cristão, mas discordo da petulância de alguns que acham-se no direito de dirigir o raciocínio do próximo em coisas tão pessoais e particulares, como é o caso do voto, direito de todo cidadão. Concordo com a organização de cada instituição religiosa, no que tange escolher se deve ou não lançar alguém apoiado por ela, mas também entendo que qualquer membro da igreja é em primeiro lugar cidadão, e se for o caso, tiver desejo de lançar-se candidato, tem todo o direito, já que todos tem direitos iguais.

Pense nisto. Não vamos fazer da igreja palanque político que muitas vezes tem servido para envergonhar o Evangelho de Jesus Cristo! Lembre-se: VOCÊ É LIVRE!
MAS FAÇA-O NO TEMOR DE DEUS!

Leia: Provérbios 16:9