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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PREGADOR DO EVANGELHO: PROFISSÃO OU VOCAÇÃO?


Outro dia ouvi uma frase infeliz, inconveniente e irresponsável de alguém que devo classificar como “colega de ofício”... Talvez, “colega de vocação”. Estávamos numa dessas reuniões que concentram muitos pastores e ministros em geral, e, numa pausa para o cafezinho, o tal obreiro disparou a seguinte pérola: “O mercado de conferencistas avivalistas tem aumentado bastante. Cheguei à conclusão que é preciso aperfeiçoar minhas técnicas de pregação para concorrer em pé de igualdade com os inúmeros pregadores que vem surgindo na modernidade”. Confesso que mesmo convivendo nesse meio e tendo ouvido incontáveis outras pérolas proferidas por gente assim, fiquei perplexo e profundamente indignado com tal afirmação. Por favor, não me tenham por ignorante ou ingênuo, embora isto não me diminua ou afete em coisa alguma meu ministério ou chamada pastoral. Senti-me no direito de reprovar tal absurdo porque não é assim que compreendo minha vocação ministerial, repito: VOCAÇÃO MINISTERIAL! Infelizmente tenho visto muitos obreiros que encaram suas chamadas como carreira profissional e fazem da santa vocação ministerial, uma especialidade profissional. Tenho tido o desprazer, inclusive, de ler alguns escritos que apóiam essa equivocada e constrangedora visão do que o ministério eclesiástico realmente representa e significa para os homens. Vejam o que afirmou nosso companheiro, patriarca do evangelho da graça aos gentios, apóstolo Paulo:

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (I Coríntios 9: 16)

Ao que parece, e, pelo menos que entendo dessa afirmação, pregar o evangelho constitui-se numa vocação dada por Deus ao homem, que a recebe como incumbência da qual não deve tentar livrar-se. Particularmente vejo este dom como um grande privilégio que o homem recebe de Deus na forma de designação. Fui designado para pregar o evangelho. Mas é bom lembrar que anunciar as boas novas não constitui jamais em meio de vida, estratégia para ganhar dinheiro, ou fórmula para ajuntar bens materiais. Também não se constitui em função artística, visando fama, poder, status ou influências mal intencionadas. Há somente um tipo de influência que devemos visar com este dom: a influência da palavra nas almas destinadas à perdição pelo pecado, para que mudem suas rotas e passem a caminhar em direção a Deus! Exatamente por isto deve exercê-la com intenções puras, com entusiasmo, motivação e boas intenções. Paulo continua:


“E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (I Coríntios 9: 17)

Há muitos que não receberão galardão algum, e outros, que sequer salvos serão. Alguns serão salvos apenas por um triz, por um fio, como que saíssem de um grande incêndio apenas com suas vidas perdendo todo o resto: “Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (I Coríntios 3: 14, 15). Há muitos que já estão recebendo, ou melhor, ajuntando para sí galardão, aquí mesmo. Estes são os “profissionais do evangelho”, que também podem ser classificados como mercenários, mercadores da palavra, mais preocupados como os holofotes e os ganhos advindos deles do que com as almas que se perdem por falta de salvação. São estes que se preocupam com as “novas técnicas” e com as novas estratégias da “concorrência”. Todos os pregadores devem preocupar-se com o aperfeiçoamento de sua vocação e com o desenvolvimento de seu dom, mas por uma única razão: fazer cada vez melhor o trabalho para aquele que os chamou. O título de pregador não é forma alguma um meio de se conseguir privilégios, passaportes diplomáticos (como temos tido notícias), falsa autoridade ou direito de oprimir as pessoas, usando para isto o pretexto da falsa espiritualidade:

“Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho”. (I Coríntios 9: 18 – grifo meu)

Portanto meus irmãos, pregar o evangelho NÃO É PROFISSÃO, É VOCAÇÃO!


Pr. Jesiel Freitas


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