O cristão e a renúncia
No primeiro texto dessa série tratei sobre a máxima do Senhor Jesus Cristo em relação aos dois caminhos disponíveis aos homens para livre escolha: o caminho largo e o caminho estreito. Finalizei o texto com a seguinte pergunta:
“Afinal, que cristianismo é este no qual renúncia tornou-se uma palavra completamente desconhecida?”
É impossível caminhar pelas páginas do Novo Testamento, especialmente Atos dos Apóstolos, e não deparar-se com inúmeros relatos de conversões genuínas das pessoas a Cristo, marcadas por transformações radicais de comportamentos. Outras, no entanto, foram duramente alertadas por Jesus sobre a necessidade de renunciarem suas práticas, seus velhos hábitos, aos seus sentimentos errados, e especialmente, suas equivocadas visões a respeito do Reino de Deus. Disto, tratarei um pouco mais adiante. Vejamos as palavras do Mestre em Mateus 16.24:
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
Podemos afirmar seguramente com base neste texto e inúmeros outros, que não existe evangelho aplicado, sem renúncia. É difícil tratar disto. E é difícil porque a maioria das pessoas que procura conforto nas igrejas, não aceita esta verdade. Ainda por outra razão: Ministros e líderes tem trocado suas convicções pelos meios que os levam aos fins. O Senhor Jesus nunca aceitou ou ensinou este tipo de abordagem do evangelho. Com clareza ele informa no texto acima que aqueles que quiserem tornarem-se seus reais seguidores, precisam estar dispostos a renunciar! Há várias atitudes que o homem precisa renunciar, como demonstrarei nos exemplos a seguir:
- Nicodemos precisou renunciar sua timidez e sua altivez em relação à lei e ao farisaísmo, para que pudesse chegar ao novo nascimento de fato: João 3: 1-10
- Os discípulos tiveram que renunciar ao orgulho, a ambição e a pretensão de posições destacadas para almejarem o céu: Mateus 18: 1-4
- O jovem rico, se quisesse receber a vida eterna, precisaria desapegar-se dos bens materiais. Renúncia ao palpável: Mateus 19: 16-30
- Os filhos de Zebedeu precisavam renunciar a presunção e ao desejo de exclusividade: Mateus 20: 17-23
- O rico insensato precisava renunciar a sua avareza: Lucas 12: 13-21
- Zaqueu prontificou-se a renunciar uma vida de desonestidade para servir a Cristo com a consciência livre de culpas: Lucas 19: 1-8
Eu poderia citar ainda inúmeros outros textos, mas estes bastam para firmar e fortalecer nos corações a verdade de que o verdadeiro evangelho transforma pessoas, levando-as a renunciar. Portanto, RENÚNCIA é a palavra que não se separa de maneira alguma da ação resultante da aplicação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Sem qualquer sentimento prepotente, arrogante ou pedantismo, mas apenas com minhas convicções bíblicas e doutrinárias acerca do EVANGELHO, e não dos homens e suas tradições, posso afirmar seguramente:
EVANGELHO QUE NÃO PROVOCA RENÚNCIA, NÃO É EVANGELHO!
Se desejar ler a primeira parte desse artigo, siga o link:
Pr. Jesiel Freitas
A PAZ DO SENHOR MEU AMIGO.
ResponderExcluirCAMINHO E PORTA ESTREITA, RENUNCIA, CRUZ, TRANSFORMAÇÃO DE VIDA (MORAL) E NÃO A "FINANCEIRA"...ISSO QUE MENCIONEI NÃO DÁ IBOPE...NÃO ATRAI O PUBLICO...NÃO RENDE DIVIDENDOS...NÃO MASSAGEIA O EGO...O EVANGELHO CRISTOCÊNTRICO FOI TROCADO (NA MAIORIA DOS ALTARES)POR UM SEMI-EVANGELHO, POR UM PSEUDO-EVANGELHO, O EGANANGELHO.
PREGA-SE O QUE DÁ CERTO E NÃO O QUE É CERTO.
A CRUZ VIROU MOEDA DE TROCA, UM PRODUTO DE PRATELEIRA, EM QUE VOCÊ ENTRA NOS CORREDORES DOS SUPERMERCADOS E ESCOLHE A SEU BEL-PRAZER.
ESSA É UMA REALIDADE QUE ESTAMOS (BOM PELO MENOS EU ESTOU PRESENCIANDO)NOS NOSSOS DIAS, PRINCIPALMENTE NA MIDIA CRISTÃ!
OLHA MEU AMIGO...TÁ DIFICIL ENCONTRAR OS 7000 QUE NÃO SE DOBRARAM A BAAL...MAS EU SEI QUE AINDA HÁ (O SENHOR POR EXEMPLO E NOSSOS AMIGOS BLOGUEIROS) QUE ESTÃO NESSA LUTA PELA CONSERVAÇÃO DO BOM CRISTIANISMO.
SÓ ME RESTA A CLAMAR: HORA VEM SENHOR JESUS!
A Paz do Senhor prezado amigo PROFESSOR VALDIR...
ResponderExcluirGostei da nova palavra "EGANANGELHO". É triste constatar essa realidade, mas é exatamente o que estamos vendo e vivenciando em nossos dias. Isto entristece e causa-nos um profundo desconfoto, mas por outro lado leva-nos e lembrar que este é um dos principais sinais do arrebatamento.
O aumento da apostasia, o crescimento das heresias e o mercantilismo da palavra, alertam-nos a estarmos cada dia mais preparados para o retorno do mestre que surgirá como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores para tomar do planeta sua jóia preciosa: a igreja redimida no calvário.
Grande abraço nobre amigo, e, juntos, continuemos nessa batalha incenssante pelo reino de Cristo!
No mais... Paz!
Pr. Jesiel Freitas