“O soberbo e presumido, zombador é o seu nome, trata com indignação e soberba.” (Provérbios 21: 24)
Nos últimos dias tem se levantado no mundo um grande exército de zombadores do evangelho! E não estou falando de ímpios ou de integrantes de outros segmentos religiosos, mas de cristãos evangélicos insolentes, escarnecedores de seus próprios irmãos. Isto é profundamente grave e entristecedor! A palavra INSOLENTE é definida da seguinte forma pelo dicionário da língua portuguesa:
“desrespeitoso no que diz ou nas atitudes que toma; atrevido, malcriado, desaforado; que não respeita as convenções sociais ou os direitos dos outros; audacioso, petulante, ousado, atrevido; que trata os demais como inferiores; desdenhoso, altivo, arrogante”.
As pessoas com este perfil se acham de alta cultura e conhecimento (e, às vezes, até são), acreditam que as grandes e primeiras descobertas do evangelho são feitas por elas e, por isso, desdenham as doutrinas que aprenderam e zombam, inclusive, das tradições apostólicas da igreja. Há dois tipos de estudiosos da Bíblia: um, estuda, faz suas “descobertas”, aprende e usa isto para sua própria prática cristã, no campo pessoal. De certo modo, alguns crescem, outros decrescem. Esses últimos, espiritualmente imaturos e por isso, soberbos, irônicos e sarcásticos, zombam de seus irmãos que praticam a fé em forma diferente. Há que se considerar o seguinte: o campo espiritual é vasto, amplo demais para nossas pequenezas e limitações, o que sugere que nossa mente é incapaz de desnudar todo o universo desta dimensão. Mais que isto, a prática cristã é construída e alicerçada sobre o campo da fé, sem a qual se tornaria impossível sequer alcançar a salvação em CRISTO. Por consequência, todas as vertentes doutrinárias deverão ser estabelecidas pela fé e fundamentadas exclusivamente naquilo que nos fornece a Bíblia Sagrada e, no que concerne à igreja, nos evangelhos, no livro histórico de Atos dos Apóstolos, nas epístolas paulinas e nos demais escritos do cânon neotestamentário. A correta interpretação dos originais, o número elevado de estudiosos, teólogos, escritores, cientistas linguísticos e suas opiniões a respeito, devem ser considerados, evidentemente. Todavia, nada que se distancie dos textos originais do Livro Sagrado, e só dele, deve ser levado a sério. E isto, é o que estão fazendo os integrantes do que chamo de “Academia dos Zombadores”. Eles não percebem o mal que fazem ao evangelho, especialmente quando publicam em redes sociais ou abertamente a públicos não preparados, suas teorias, sejam elas mirabolantes ou plausíveis, em tom jocoso, sarcástico, irônico e zombeteiro. Envergonham o cristianismo, zombam de seus próprios irmãos, colocam-se em posição de superioridade e postam-se arrogante e presunçosamente. Mais que isso, o movimento pentecostal, que consiste na crença, na ênfase e na liberdade para a manifestação dos sinais e dos dons do Espírito Santo, é oriundo, não do movimento da Rua Azusa, no início do século passado, nem de manifestações anteriores no desenvolvimento da história contemporânea da igreja, mas no próprio livro de Atos dos Apóstolos e, posteriormente, com todas as suas normativas nas epístolas Paulinas, especialmente, quando este escreveu aos cristãos de Corinto.
Todos nós conhecemos as orientações a respeito do uso e da operação dos dons apresentadas, especialmente em I Coríntios 12 e 14. Sabemos da necessidade da interpretação das línguas no caso do culto público, como também sabemos do dom da variedade de línguas. Basta estudar com um pouco mais de esmero e dedicação, para compreender que as línguas tratadas nesta epístola pelo apóstolo Paulo, não tratam nem de línguas terrenas (conhecidas nos idiomas humanos), nem de línguas necessariamente codificadas formando uma sequência linguística de comunicação. Qualquer pessoa pode orar em línguas para sua edificação, sem que necessariamente ela seja interpretada. Isto é com Deus, com a Bíblia e com o indivíduo. Em nenhum lugar Paulo condena o falar em línguas ou o proíbe, mesmo no culto público. Só aconselha que seja interpretada para edificar aos demais que não estão falando, mas ouvindo. Com isto, não tenho a pretensão de estabelecer um tratado teológico apurado dos dons, mas apenas criar uma linha de raciocínio para fazer compreender a tolice, o devaneio, a arrogância, a insensatez e a presunção daqueles que zombam das práticas pentecostais sem qualquer critério. Concordo absolutamente que existem aberrações, exageros e práticas que extrapolam a doutrina dos dons, mas tenho raciocínio lógico suficiente para saber que isto não desmerece, desconstrói ou proíbe a operação e a manifestação de tais dons no contexto da igreja ou do culto. Seja Benny Hinn ou qualquer um dos charlatões do neopentecostalismo, nenhum deles possui credenciais para fazer a igreja desacreditar da prática saudável do movimento pentecostal ou do uso correto dos dons, ou desautorizá-los.
Por outro lado, como é próprio de todo extremismo, surge aquilo que chamo de ACADEMIA DE ZOMBADORES. Ela é formada de pseudointelectuais do evangelho, teólogos providos apenas da teoria, mas não da experiência pentecostal, ou por não se abrirem para ela, ou simplesmente porque não teve o privilégio de desfrutar de sua essência por causa de sua frieza espiritual, preconceito em relação ao movimento ou conceitos errados sobre a fé e sobre a prática cristã. Em consequência, tornam-se arrogantes, presunçosos, escarnecedores, provocadores, sem domínio próprio, inconsequentes e, pior, infantis na forma em que lidam com o assunto e com o evangelho em geral. Conheço alguns que chegam ao cúmulo de questionar a veracidade integral do cânon sagrado e outros que falam ou escrevem imitando as línguas estranhas irreverentemente. Mais que sarcasmo e profundo desrespeito, eu considero isto profano, imoral e temeroso. Se não posso tratar isto como petulância e prepotência, então devo encontrar adjetivos mais fortes e mais negativos. Então, gosto do texto já citado inicialmente de Provérbios 21:24 na versão da Bíblia King James: “Insolente, soberbo, seu nome é “zombador”! Ele sempre age no ardor de sua arrogância”. Nada mais apropriado. Seja cristão reformado, tradicional, calvinista, arminiano, ou seja lá o que for, você não tem o direito de zombar da crença ou da fé dos pentecostais genuínos. Talvez, uma conversão autêntica a Cristo, seja a solução!
Pr. Jesiel Freitas
Ministério Palavra no Altar
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